Sabe-se que um dos papéis da escola, é contribuir para a formação dos alunos e prepará-los para os desafios do futuro. Em tempos atuais, não é possível colocar isso em prática sem pensar na atuação desses estudantes frente ao mundo tecnológico. Para atender as necessidades do século XXI, e da educação 4.0, é fundamental fortalecer o uso das tecnologias em salas de aula, e usá-las de forma criativa e responsável para que estas se tornem aliadas no desempenho escolar dos alunos. 

O movimento da cultura maker parte da premissa que qualquer pessoa consegue construir, criar, consertar seus objetos. A proposta primordial da cultura maker é que as pessoas desenvolvam seus próprios projetos, e que transformem em realidade a sua imaginação. A introdução de ferramentas tecnológicas e também da cultura maker nas escolas tem sido cada vez mais frequente, e tem feito parte do cotidiano das crianças e adolescentes em sala de aula, facilitando o processo de aprendizagem e tornando mais acessível os conteúdos.  Colocar a mão na massa, contribui para que o sujeito se torne agente ativo do seu processo e que para além das capacidades cognitivas, outras capacidades sejam desenvolvidas, tais como colaboração, trabalho em equipe e posicionamento frente ao erro. 

Outra proposta para o contexto escolar, são as aulas de programação e robótica, na maioria das vezes alinhadas aos conteúdos que estão sendo estudados nas outras disciplinas.  Durante as aulas, as crianças irão aprender  conceitos que envolvem matemática, engenharia, física e a partir disso, poderão desenvolver capacidade de pensar estrategicamente, desenvolvimento do raciocínio lógico e matemático, estimulando a criatividade, o desenvolvimento estratégico, entre outros. Compreender o funcionamento de jogos e aplicativos que já fazem parte de sua rotina e usar a programação para criar outros por meio de uma  linguagem visual e atrativa, contribui para que seja possível compreender a lógica do processo. Esses desafios que estimulam a prática a partir da capacidade criativa e imaginação, colaboram para que o ambiente escolar além de prazeroso, se torne ainda mais transformador para os alunos frente às demandas atuais.

As crianças já nascem imersas no universo digital, e os meios tecnológicos são capazes de auxiliar no desenvolvimento do conhecimento, de forma mais dinâmica, colaborando para que o momento de estudo se torne mais satisfatório e estimulante.  O recurso tecnológico quando disponível para um aluno com dificuldade de aprendizagem, por exemplo, pode ser primordial, uma vez que aprender algo novo exige interesse da criança, e a tecnologia pode auxiliar no processo de absorção, facilitando o aprender. 

As habilidades das crianças em relação à tecnologia acontecem muito antes do período escolar, no entanto, nem sempre estas são usadas de maneira assertiva. A ausência das tecnologias no âmbito escolar impossibilita um uso que já existe fora daquele ambiente, e que poderia ser usado como aliado no processo de ensino-aprendizagem. Os professores têm papel fundamental no processo da inserção das tecnologias em sala de aula, uma vez que são mediadores e estão presentes no cotidiano escolar da criança, para isso, as escolas devem oferecer capacitação para que essas figuras também façam  uso consciente e criativo das tecnologias. Associar o ensino à inovação, possibilita que os alunos se tornem mais ativos e protagonistas. Além das tecnologias permitirem aos alunos uma nova forma de interação, também permitem que os responsáveis a utilizem para uma melhor comunicação com a escola. Na era da tecnologia e da informação é mais que necessário criar ambientes que colaborem para o desenvolvimento da autonomia e construção do conhecimento coletivo.